segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Alta Rotação #29: A chill down the spine

E acho que resume bem a sensação proporcionada por estas 2 músicas.
Masterpiece.




O Rapaz Moreno

Vou só ali à maternidade e venho já

Foi em Fevereiro que a conheci... Apareceu na minha caixa de entrada, no formato pdf, de seu nome Monografias_09_10.
Quis conhecê-la melhor, saber o que tinha no seu interior. Descobri um mundo de temas e orientadores, uns aprazíveis, outros totalmente execráveis.
Mas houve um que me chamou a atenção, um que se destacou dos restantes. Tinha uma aura dourada em seu redor, conhecia o meu nome, chamava por mim...
Foi concebida em Março e hoje, 9 meses depois, está pronta para conhecer a luz do dia.
Chama-se "Agonistas dos PPARs e regulação da beta-oxidação de ácidos gordos" e irá conhecer os lasers de uma qualquer impressora de um Staples amanhã. Isto é, se eu conseguir lê-la hoje toda... Isto porque, passados 9 meses já a perdi a conta às vezes que a li ou que foi lida por outros. Mas quem me manda ser POC? Tudo tem que estar alinhado, espaçado, sem erros, sem frases ausentes de sentido.

Por isso, acho que ainda dou um saltinho ao manicómio, depois de sair da maternidade e for entregar o rebento para adopção...




O Rapaz Moreno

domingo, 26 de dezembro de 2010

Hi-Tech

Vou confessar: detesto emails.
Detesto ler e detesto ainda mais escrever.
É algo tão impessoal, tão desprovido de significado, tão automático...

"Caro XPTO

bla bla bla bla blaaaabla blabalalalala (discurso extremamente pomposo e caro)

Com os MELHORES cumprimentos (ou então estou-me perfeitamente a marimbar) 
WTV"

Sei que não sou o único, e da média dos 30 emails que recebo por dia, se ler 1 com atenção é uma sorte. Sejamos francos, o botão "Marcar como Lido" foi a maior invenção desde o próprio email. Para quê estar a perder tempo a clicar, carregar e depois voltar atrás? O nosso tempo está contado, não sobra nenhum para ver um email sobre um comentário no Facebook, ou sobre a campanha de Natal da loja da esquina, ou sobre métodos de aumento peniano ("Marcar como Spam").

A verdade é que quando esse mesmo email tem como remetente alguém HUMANO, alguém que conhecemos e nos conhece bem, alguém que se preocupou em escrevê-lo porque se lembrou de nós, e não porque estamos registados na sua Newsletter de futilidades habituais e emails em cadeia, o coração acelera. As pupilas dilatam. O sangue aflui ao cérebro e à mão para deslocar o ponteiro para o "Abrir".
Sentimo-nos únicos. O frio desaparece. E estamos ali, só nós e aquele monte de pixels altamente personalizados à nossa frente.
Sorrimos, agradecemos, Vivemos.

Perdoem a analogia gasta e barata mas "Já enviaram um email a alguém hoje?"



O Rapaz Moreno

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

The Aftermath

O vento que sopra.
O silêncio que reina.
A parede nua.
O piso superior soturno.
O mar ausente.
O quarto vazio.
O corpo frio.

A cabeça cheia de memórias.
O corpo cheio de sensações.
O coração quente.


Um pensamento.



Uma certeza.



O Rapaz Moreno

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Note to Self #13

Sabes que o estágio te fritou os neurónios quando te deparas com a frase: "(...)which has a very active and variable lipid metabolism based on aerobic exercise" e ficas a pensar se o exercício é AeroBio ou Aeróbico...


O Rapaz Moreno
Que voltou com os atrasos mentais do costume.

sábado, 20 de novembro de 2010

Alta Rotação #28: Dos 23

É habitual ter um "hino" para cada aniversário, e os 23 não serão excepção.
Ora cá vai:




O Rapaz Moreno
Há 23 anos a ouvir música da boa.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Alta Rotação #27: Oh! Meu Anjo da Guarda, eu sei que te dou trabalho

Começo a achar que andei a dormir e que já devia ter dado atenção aos Mesa há mais tempo... Mais uma "Cidade Vazia" para ouvir a caminho de casa ao final do dia de trabalho.

O Rapaz Moreno

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

Nota da Redacção

Ora é facto que não aparece aqui nada desde o dia 15 de Agosto... Não é que não tenha acontecido nada, antes pelo contrário!
Digamos que a minha vida passou assim de um TÉDIO completo para algo bem mais movimentado.

Mas não é a falta de tempo que me tem feito não escrever nada. Até porque tenho escrito. E não é pouco.
Chama-se "Agonistas dos PPARs e regulação da beta-oxidação de ácidos gordos" e estará completa lá para meados de Dezembro. Queria eu que fosse o livro que tanto queria escrever, mas não, é mesmo a monografia de revisão incluída na fase de estágios do meu querido Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas. De momento vou em 7.000 palavras (com bibliografia) ou 5.700 sem ela. Como ninguém sabe ao certo se ela conta para o limite de 12.000 palavras, lá me vou orientando... Sinceramente é ridículo contar, porque uma pessoa como eu que tem 1.300 palavras só na bibliografia e ainda não acabou, é um bocado injusto limitar-se às 10.000 no final só porque tem artigos que nunca mais acabam para fazer uma Mono bonitinha, completa e digna de uma boa nota.
Enfim, foi um desabafo.

Portanto, tenho dedicado os meus tempos livres a outras escritas que não estas, porque acho injusto estar a gastar a minha criatividade (que por si só anda pelas ruas da amargura) e tenho que a aproveitar para inventar frases com sentido, sintaxe e ortografia correcta.

Curiosamente ao escrever isto lembrou-me que estas rapidinhas até são boas!
Vou aproveitar e rapidar mais um bocadinho com os meus PPARs de estimação, sim?


Ao inclinar a cabeça para a direita a imagem torna-se bem mais interessante, garanto.

O Rapaz Moreno

domingo, 15 de agosto de 2010

E tu, já semaforizaste hoje?

Depois do verbo Roflulimar aprendi hoje um novo, deveras interessante: Semaforizar.
Curiosamente, não está no dicionário da Língua Portuguesa, mas dada a sua vasta utilização (basta ir à praia de Carcavelos ou pesquisar no Google) não duvido que, à semelhança do Mudasti, surjam daqui a uns tempos petições para o incluir no dito cujo... Bem, sempre é mais "palavra" que Mudasti...


O Rapaz Moreno

Alta Rotação #26: The sun is shining down, the clouds have cleared.

Por falha magistral minha, só há coisa de 1 mês soube deste album lançado ainda em Janeiro de 2010.


Porque gosto de Stereophonics?
Porque não se cingem a um ritmo ou a um estilo.
Porque conseguem ser melancólicos sem chegar ao estado depressivo.
Porque sabem escrever, e bem.



O Rapaz Moreno

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ironicamente Subliminar

Antes de dedicar parte do meu tempo útil a um último post relativo ao estágio que acabou na passada 6ª feira (A verdade é que não me apetece escrever muito e ficar deprimido com o que vou escrever... A Tia Maya disse-me para afastar pensamentos deprimentes este mês, e estou a tentar focar-me nisso.) venho publicar algo minimamente (muito minimamente) bem-disposto.

A ironia é uma arma que nem todos compreendem. Possivelmente a sua compreensão será uma questão de hábito ou de conhecimento da própria pessoa de onde provem.
Quem me conhece sabe, portanto, que a minha veia irónica chega por vezes a roçar o sarcasmo. É, de certo modo, uma forma de encarar a vida.
É então irónico que eu esteja viciado numa música de Lady Gaga.
Sempre disse que ela passava mensagens subliminares nas músicas e nos vídeos, e que essa era a única explicação para o fenómeno. A verdade é que eu consegui resistir meses a fio à lavagem cerebral. Ouvi as músicas vezes sem conta em bares e na rádio, e sempre achei algo surrealmente... mau (?).
Acontece que tive a infeliz ideia de um dia, por iniciativa própria, ir ver o vídeo do Telephone ao youtube.
E a partir daí a música entranhou-se no meu cérebro de uma forma que eu desejava que também as matérias de Farmacoterapia ou Farmacologia se entranhassem.
É triste e deprimente. Não dá para fazer um Restauro do Sistema para as horas anteriores??
Consigo pensar numa quantidade de pessoas (isto se se lembrarem da existência deste blog) estarão a esta hora a regozijar-se e a "Muahahaha"r alto e em bom som.

Mas (e há sempre um mas) o propósito deste post não era revelar o meu vício pelo Telephone, não. É sim para partilhar uma peça (irónica como eu desejo alcançar um dia) relativa à senhora supracitada:

Lady Gaga Keeps Her Creativity In Her Vagina

Written by The Sarcasmist on August 2, 2010 - Comments (6)
Lady Gaga, the darling of the media, has given a very revealing interview to Vanity Fair and posed nude for the cover. In the interview Lady Gaga reveals secrets that non-Gaga people would think twice about before spilling the beans for an international publication.
Lady Gaga tells Vanity Fair contributing editor Lisa Robinson that she tries to avoid having sex because she is afraid of depleting her creative energy—“I have this weird thing that if I sleep with someone they’re going to take my creativity from me through my vagina.” (Vanity Fair)
This is one of the main reasons why I keep hitting a creative wall—I lack a warm and moist place to keep and nurture my creativity and keep it from creativity thieves. I wonder if Lady Gaga would be kind enough to let my creativity keep her creativity company.

O que vale é que ler estas coisas me faz sentir muito menos infeliz por ter o "tufóne" a manchar as minhas playlists das últimas duas semanas.
E não, não vou publicar o vídeo.



O Rapaz Moreno

sábado, 10 de julho de 2010

Alta Rotação #25: (un)Static

Depois de uma noite louca de Optimus Alive recheada de recordações para a vida proporcionadas pelos The Gossip, surgiram também surpresas inesperadas, nomeadamente de Manic Street Preachers.

Sim, uma banda da qual apenas conhecia 1/4 de música, conseguiu surpreender-me bastante com os outros 3/4 e mais 2 músicas que ouvi antes de rumar ao palco dito "Secundário".

Pela musicalidade, pela letra e pelo significado...




O Rapaz Moreno

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Simple and Clean

Vazio.
A necessidade de fazer tudo e vontade de fazer nada.
O que sobra?
O vazio do nada feito.


Remorso.
O sentimento do que sente que podia ter feito mais mas não fez.
Fica a promessa de que para a próxima será diferente.
Será?


Começa o ciclo.
Daqueles viciosos.


Solução.
Acorda, levanta-te, lava a cara, pega nas ferramentas e faz o que tens a fazer.




O Rapaz Moreno

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Alta Rotação #24: Lights and Chills

Arrepios, todos conhecem a sensação.
E conhecem a sensação de algo que vos arrepia de tal forma que vos deixa com lágrimas nos olhos?

Pois hoje, ao ouvir esta música e recordar este momento, foi o que me aconteceu... No meio da rua. O que vale é que a rua estava vazia.

A música como uma fuga da realidade. Um escape.
Algo que nos engole, nos ensurdece e nos cega.
Nada mais existe. Nada mais importa.
Só a música, a música, a música, a música.
O clarão que nos guia, nos aquece e refugia.
"To you this may be nothing, it's something to me... This Raging Light."

Ainda não percebi como é que ele ainda não ganhou nenhum prémio... Abram os olhos e limpem os ouvidos.


O Rapaz Moreno

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Note to Others #3

Façam o que fizerem, por mais próxima que a farmácia seja da vossa casa ou da vossa comodidade, NÃO ESCOLHAM UMA FARMÁCIA QUE USE SIFARMA CLÁSSICO.

Para além de parecer uma aplicação do DOS é muito pouco funcional e tem um botão temível de FIM DE VENDA, que assim que o pressionam (mesmo que inadvertidamente) já não há nada a fazer. Está borrada feita e só podem anular a venda. Isto SE a venda for possível de anular (o que não acontece com vendas suspensas neste Sifarma)...
E depois têm que dar voltas e voltas para devolverem o € certo às pessoas e depois falta € na caixa e têm que deixar um testamento a justificar porque é que falta esse €e depois a contabilidade não bate certo e uma certa pessoas fulmina-vos com o olhar and so on...




O Rapaz Moreno

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Alta Rotação #23: Everything is measured by the hole it leaves behind

Qual é o resultado da junção de dois compositores brilhantes, com uma capacidade de arrancar do âmago sentimentos que pensávamos não existir e de nos transportarem para um estado zen em poucos minutos?

The Swell Season, é a resposta.


O Rapaz Moreno

sábado, 12 de junho de 2010

Amnesia

Hoje vou aos Santos, pela 1ª vez em 22 anos.
Yay me!
Sinceramente a vontade de ir não era muita... Confusão, pessoas, caos, não são propriamente um turn-on.
Mas dadas as circunstâncias, vou mesmo.

A última coisa que me apetece é ficar em casa nervoso e a roer as unhas e a pensar na merda de semana que se avizinha.
Oh, sim, vai ser um sonho...
Preciso de me esquecer dela antes que ela apareça, assim pode ser que se torne menos dolorosa.

O que vale é que só falta mês e meio...



O Rapaz Moreno

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Alta Rotação #21: Cidade Vazia

Há uns tempos alguém classificou esta música como uma música muito "cidade vazia".
Experimentem ouvi-la enquanto passeiam (a pé) sozinhos ao anoitecer...


O Rapaz Moreno

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Encontros

Marcar encontros sempre foi um hábito social saudável, mas que tem vindo a mudar ao longo dos tempos.
Quando se sente saudades de alguém, quando se quer pôr conversa em dia, comemorar alguma ocasião, ou simplesmente porque estamos aborrecidos ou precisamos de desanuviar.

Entre os locais mais comuns estarão certamente os cafés, especialmente se tiverem esplanadas e um ambiente sossegado: "Bora tomar um café? Vamos ali àquele que tem uma esplanada, o tempo até está bom e ficamos ali um bocado a ver as vistas..."

Depois há aqueles planos mais culturais, cinema, teatro, exposições, parques, monumentos... Para fugir um pouco à rotina.

E hoje apercebi-me de um novo tipo de encontro, o encontro "saudável": "Olha, preciso de ir à farmácia, não queres vir? Ah assim aproveitas para ver se há aquele creme que tem estado esgotado em todo o lado mas vais obrigar as pessoas que lá trabalham a passar meia hora ao telefone para ver se o encontram? É que eu também queria um creme desses, mas para peles atópicas e oleosas e da marca que também não há em lado nenhum, assim eles fazem chamadas a dobrar... E já agora faço perguntas sobre todos os protectores solares que eles têm lá! Ah a Antonieta. a Rute o Adalberto também precisam? Então vamos todos juntos, pronto! Só lá está um estagiário e a doutora hoje a tarde toda? Ah, não tem problema, eles desenrascam-se!"

O problema é quando mais que 1 pessoa se lembra de marcar um encontro no mesmo sítio à mesma hora. Resultado? Lotação esgotada.

Existe ainda o encontro a que somos obrigados a ir: "Estou sim, é do armazenista X que fica a 5 minutos a pé aqui da farmácia? Daqui fala a Dra. Y, da Farmácia da Beloura! É que eu precisava que me arranjasse meias de descanso aqui para uma senhora que está a precisar... Tem? Óptimo, o escravo vai aí agora buscar!" (o escravo, ou seja, EU, arrasta-se pelos 29ºC das 4 da tarde em busca das meias para a senhora) "Ah, mas trouxe-me meias? Eu queria collants! Pois, a culpa é minha, para mim meias são collants..." (volta a ligar para o armazenista X) "Estou? Olhe, mandou-me meias mas eu quero collants! Tem? Ah então o escravo vai aí outra vez!"

Finalmente, existem os encontros ecológicos: (rapaz desconhecido traz um saco de medicamentos fechado) "Olhe, era para deixar aí, sff" (estagiário inocente pensa que, como TODAS as outras pessoas que levam sacos fechados para a farmácia e dizem que é para deixar lá, o saco é para o Valormed... 1 hora depois, Dra. X...) "Não veio cá um rapaz entregar-lhe um saco de medicamentos que era para uma senhora?" "Não, dra. ninguém me entregou nada..."

Resultado? Ligaram para o rapaz para saber se tinha la ido, o rapaz diz que sim e que me tinha dado o saco a mim. Claro que eu nunca pensei que fosse ele, porque umas 10 pessoas foram hoje à farmácia, deram-me sacos de medicamentos e disseram exactamente o mesmo: "Olhe, era para deixar aqui o saco, sff".


E assim foi o meu dia: Cheio de encontros. Pena que não tenha sido por nenhum dos motivos que enumerei no início... Ah não, perdão, foi claramente porque estava aborrecido, já estava farto de passar lá os dias sentado a atender meia dúzia de pessoas.
Pensei que não sobrevivia, mas foi por pouco, muito pouco...


O Rapaz Moreno

Aviso

Se amanhã até às 22 não der sinais de vida é porque fui parar ao caldeirão de uma "bruxa" e fiquei por lá a marinar.
(Ou então é porque a mandei dar uma volta e estou demasiado bêbedo para aparecer em casa LOL)


Só para avisar...





O Rapaz Moreno

segunda-feira, 31 de maio de 2010

PRM #7

Odeio ter que fazer playlists novas para o iPod, especialmente quando tenho pouca música nova.
É que ter que escolher entre 4000 músicas dá demasiado trabalho e perco em média 1 hora para as escolher.
E eu não faço listas de 20 músicas, isso oiço numa ida e volta de autocarro, o que implicaria ouvir a mesma lista 2 vezes por dia, ou seja 40 vezes por mês...

Às tantas chego ao extremo de pôr Música Aleatória e oiço o que calhar.
Boring.






O Rapaz Moreno

sábado, 29 de maio de 2010

Alta Rotação #20: "Wait For Me"





O Rapaz Moreno

Vento

Vento.
Quando saí de casa às 14:14, em t-shirt, atrasado para apanhar o autocarro das 14:18 estava sol.
Mas também estava vento.
"Que se lixe" não ia voltar atrás para levar um casaco e andar com ele ao ombro, até porque estava sol. E vento.
"Não há-de estar pior quando voltar para casa"
Saído da Farmácia para ir até ao ginásio, sol? Nem vê-lo. Só nuvens. E vento.
"Vá, é só até ao ginásio"
Enquanto corria na passadeira olhava para o relvado de futebol em frente ao HP. Coelhos, muitos. Não fazia ideia de que viviam tantos naqueles arbustos fustigados pelo vento.
"Vai ser bonito quando sair daqui"
20:55, caminhando para a paragem para esperar por um autocarro que só chegaria às 21:15, com sorte, o vento trazia já o frio do anoitecer. Um frio que me fazia comprimir os braços contra o tronco para aquecerem.
Como era de esperar, o autocarro estava atrasado. Os 30 minutos na paragem, ao sabor do vento, pareceram uma eternidade.
Não sei que músicas passaram no iPod, não sei quantos carros passaram por mim.
Naquele período de tempo só existia eu, o céu e o vento. Um vento frio que arrastava as nuvens escuras e as separava umas das outras. E depois? Depois dissipavam-se. Tornavam-se invisíveis ao olho nú.
Os zíliões de gotículas de água condensada eram arrastados pelo vento para o desconhecido, fazendo esquecer que alguma vez existiram.
Uma estranha comparação irónica ao ser humano.

Naquele momento, naquele espaço, debaixo da luz de um candeeiro que se acendia sobre mim e dos faróis dos carros que passavam seguramente a mais de 50 km/h, senti o vento forte bater-me na cara, nos braços, no corpo.
Pedi-lhe que arrastasse os pensamentos que me assolaram a cabeça durante aqueles instantes.
Mas não o fez.
O vento frio do anoitecer é matreiro. Não faz com os pensamentos o mesmo que faz com as nuvens.

Casa. Quarto. Refúgio.
Aqui não há vento frio que incomode.
Apenas os pensamentos que ele me trouxe. E agora, quem é que os arrasta daqui?


O Rapaz Moreno

terça-feira, 25 de maio de 2010

The End

Muitos aplaudiram, muitos criticaram.
Facto é que nenhuma outra série conseguiu atingir a espectacularidade que Lost conseguiu nestes 6 anos.
Poderia falar nos finais estilo "cliffhanger".
Nos plot-twists.
Nos ursos polares.
Nos monstros de fumo.
Na Swan, na Orchid, na Pearl, na Hydra, na Looking Glass, na Staff, na Arrow, na Flame, na Tempest e na Lamp Post.
Nos Outros.
Nos sussuros.
No 4, no 8, no 15, no 16, no 23 e no 42.
Na banda sonora genial.
No Jacob.
No MIB.
Na Luz.
Na vida.
Na morte.

Mas nada disto faria sentido para aqueles que não acompanharam a série. Porque era essa uma das bases do Lost: ver do início ao fim.
Sim, era um trabalho árduo, por mais chatos que fossem alguns episódios havia sempre uma vontade de saber mais e de perceber mais.
Sim, algumas perguntas não tiveram resposta. Mas, sinceramente, qual é a importância? Porque não deixar-nos ao sabor da imaginação e criarmos as nossas próprias teorias? Não foi isso a que os autores nos habituaram ao longo de 6 anos?

E aos que acharam o final demasiado previsível é porque certamente não o perceberam...

Lost acabou, e por mais séries dos mesmos autores que apareçam, nenhuma o vai substituir.
E essa é a parte que só os Lost-addicts percebem.

Namasté...


O Rapaz Moreno

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Eu sei que ele ainda não chegou mas...

Odeio o Verão (ponto).

Odeio o calor infernal da tarde enquanto tenho que andar a pé pela rua.
Odeio o calor infernal da noite que não me deixa dormir.
Odeio as melgas, os mosquitos e todos os bichos que andam a voar incessantemente.
Odeio ter que andar a pôr repelentes e a ligar insecticidas nas tomadas.
Odeio apanhar urticárias do sol.
Odeio ficar inchado quando as melgas me picam.
Odeio o calor.
Odeio o calor.

Inverno, volta, por favor!



Nota: Sim, eu gosto das noites de Verão para sair à noite, eu adoro praia, piscina e apanhar sol. Só não gosto tudo o resto que vem atrelado e que se sobrepõem às coisas boas...

O Rapaz Moreno

sábado, 15 de maio de 2010

Memories of Happier Days

Sempre gostei de bandas sonoras, especialmente de jogos. Ouvi-las traz sempre recordações de cenas particulares, mais ou menos marcantes...
No entanto, antes de comprar o Final Fantasy XIII já tinha sacado a banda sonora (são sempre óptimas companhias para o estudo...) e esta, mesmo sem conhecer a cena em que estava inserida chamou-me logo a atenção.


Memories of Happier Days


Porque uma música, mesmo sendo apenas instrumental, sabendo simplesmente o nome e ouvindo a melodia é capaz de nos transportar para outra dimensão.

E não me consigo lembrar de melhor dia que o de hoje para lhe dar ainda mais sentido...
Foram os Happi er est Days da minha vida, sem sombra de dúvida.

É para a vida? Claro que é!




O Rapaz Moreno
Finalista FFUL 2005-2010