terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Walking Alone

Hoje na Casa dos Segredos (momento de morte cerebral) estavam a falar de coisas das quais sentiam falta do exterior. Desde telemóveis, música, internet e outras coisas, dei por mim a pensar em algo de que sinto mesmo falta e não faço desde que tenho carro:

Andar a pé, sozinho, a ouvir música.


Foi um ritual de 5 anos, no percurso casa-faculdade e faculdade-casa, em transportes públicos cheios e desconfortáveis. Mas a verdade é que tinha algo de bastante terapêutico.
Eram 90 minutos diários em que não pensava em mais nada.

E não pensem que "andar de carro e ouvir música" tem o mesmo efeito, porque não tem.

Especialmente agora no inverno, o vento frio a bater na cara, o céu de várias cores, o silêncio da rua, tudo isto acompanhado com uma banda sonora do momento, é mesmo algo de que tenho saudades... Ao ponto de, às vezes, pôr os phones nos ouvidos e ir para a cama ouvir alguma música e fechar os olhos antes de adormecer.


Um dia saio por aí com o iPod e volto 2 horas depois.


O Rapaz Moreno

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Not an addict

"Lá vem este com o Final Fantasy..."

Pois é, mas falta 1 mês e qualquer coisa para o XIII-2 sair e a OST já cá canta.
Dá para conter um bocado a baba e a ansiedade, fechando os olhos e imaginando o que está subjacente a cada faixa.
E claro que já encontrei uma favorita...
Se a do XIII reportava para memórias de momentos felizes, esta leva a pensar no futuro, no que nós desejamos que ele nos traga:





O Rapaz Moreno

sábado, 5 de novembro de 2011

Enrascado

Ver pessoas que recusam empregos porque "só" lhes pagam 1000€ e se têm curso superior acham que merecem mais que isso faz-me repensar que quem está à rasca não são eles que andam à procura de emprego...
O enrascado sou eu, que recebo menos que isso e não reclamo.


Ah e tal os da indústria é que recebem bem. Olhem para as tabelas salariais da APIFarma e depois conversamos melhor.




Porque como diz a minha mãe, "actualmente, fazer o que se gosta é um privilégio".




O Rapaz Moreno
"I see what you did there" x)

domingo, 16 de outubro de 2011

PRM#12

Comprei um casaco que nunca fez o meu género e sempre odiei.


Mas comprei-o porque até achei giro. E porque é quente e posso levá-lo para o trabalho.
Ou talvez porque os gostos vão mudando e já não gosto do que gostava há 2 ou 3 anos...


"Estás a comprar roupa de pessoa adulta!"


Bleh, que expressão arrepiante para quem tem quase 24 anos, "pessoa adulta!".


(...)


Ao menos posso continuar a ser parvo, não posso?


(...)


Já disse que estou farto do calor??






O Rapaz Moreno
E não é que voltei?

sábado, 9 de julho de 2011

Crossroad

Este post começou como sendo um comentário a um blog (altamente recomendável, diga-se de passagem) e acabou por se tornar numa reflexão.

Será que alguém sabe realmente o que quer?
Será que há assim tão pouca gente que se deita à noite sem pensar "e se..."? Duvido.


Questionarmo-nos faz parte da consciencialização para as várias realidades que nos rodeiam o que, para mim, não tem nada de mau. Revela a nossa faceta como seres pensantes e eternamente insatisfeitos. Não somos cavalos com palas nos olhos para vermos simplesmente um caminho.
Simplesmente alguns lidam melhor com a incerteza que outros.


A vida não é um corredor, é um mundo totalmente aberto.


O Rapaz Moreno

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Podia ser um anúncio da revista Maria

Mas trata-se de uma reflexão de Eduardo Prado Coelho, feito ao jornal Público em 2005.
Porque num país de Cavacos, Sócrates, Coelhos, Portas e outros que tais, o que faz falta é mesmo matéria-prima. Porque se esta não prestar, nem Deus a conseguirá aproveitar.




Precisa-se de matéria-prima para construir um país


A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares
dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos… e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:

-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é ‘muito chato ter que ler’) e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser ‘compradas’, sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta.

Como ‘matéria prima’ de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.

Esses defeitos, essa ‘CHICO-ESPERTICE PORTUGUESA’ congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte…

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada…

Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa ?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa ‘outra coisa’ não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados… igualmente abusados!

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda…

Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.

Está muito claro… Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:

Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso.

É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.

AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

E você, o que pensa ?… MEDITE !

Eduardo Prado Coelho (1944-2007), in Público - 14/11/2005






O Rapaz Moreno

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Invasão

Sem bater à porta, de rompante, aparece sem avisar.

Faz-nos questionar tudo o que fizemos, fazemos, vivemos e viveremos.
Se o passado podia ter sido diferente.
Se o presente será lento e doloroso, ou rápido e indolor.
Se o futuro será e como será.

Onde estão as palavras que outrora serviram para motivar outros? Onde está a atitude descontraída?
Onde está o "vai tudo ficar bem"?

Perguntas infundadas, respostas vagas.

Sem bater à porta, de rompante, assim o nosso mundo é virado de pernas para o ar.




O Rapaz Moreno

terça-feira, 17 de maio de 2011

PRM#11

Eu até nem sou de me queixar nem lamuriar, mas este ano em termos de saúde está a ser espectacular... Será desta que parto alguma coisa?

Seriously, só quero saber o que raio isto é e fazer o que tem que ser feito. Quero a minha vida normal de volta.





O Rapaz Moreno

terça-feira, 3 de maio de 2011

PRM#10

Nunca usei Caladryl... E depois de 7,5 horas em pé a ver/ajudar a fazer acho que nunca vou experimentar...

Ou então devia, para ajudar ao meu ordenado LOL




O Rapaz Moreno

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Carta XXI "O Mundo"

"Provavelmente uma das cartas mais positivas do Tarot, o Mundo representa elevação, abertura, desprendimento , suavidade e felicidade. Representa o fim de um ciclo e preparação para um novo começo."

Passados 3 meses de angústia, desespero, esperanças, desilusões mas muita muita luta, eis que chega finalmente uma nova fase.
Já me posso considerar uma pessoa a sério...

"Bem-vindo ao mundo do trabalho" =)


O Rapaz Moreno

terça-feira, 26 de abril de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Busy busy busy

Check list:
Certificados.
Papelada preenchida.
Assinaturas e datas repetidas 10 vezes.
Cartão com foto e número.
Impressões digitais tiradas.
Exames marcados.
Manual de acolhimento lido.
Passes tratados.
Contrato pronto.

Still to do:
Levar vacina do tétano.
Fazer exames.
Cortar o cabelo.
Comprar CAMISAS e CALÇAS.
ESTUDAR.


No meio disto tudo, não comecei a trabalhar e já a média de horas de sono anda em 7...
Nunca mais é dia 2.


O Rapaz Moreno

domingo, 10 de abril de 2011

The Adjustment Bureau

Longe de ser o filme que esperava, consegui tirar na mesma uma lição de "Agentes do Destino": 

Por mais que tudo esteja contra nós, que no "destino" esteja escrito que tem que ser, está nas nossas mãos contrariá-lo e lutar pelo que queremos e que sabemos que nos fará feliz.

A sorte protege os audazes.


O Rapaz Moreno

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Everybody knows that you're insane

Encontrei a gramática da língua portuguesa que me obrigaram a comprar no 10º ano e que nunca foi usada. Dei por mim a lê-la x)

O Rapaz Moreno

Moving On

Aficionado por bandas sonoras como sou, não podia deixar de ter ouvido a OST da última temporada de Lost.
Esta remonta aos últimos 7 minutos do último episódio.
Quem viu, certamente se recorda e consegue compreender a carga emotiva contida nesta música.
Simples.
Sem letra, 7 minutos de silêncio.
Com momentos que enchem o coração e outros que o apertam.
Porque grande parte da beleza de Lost estava na banda sonora, que transmitia muita da emoção vivida e sentida.

Porque Lost nunca foi a história de uma ilha, mas sim de PESSOAS.


Para quem tiver curiosidade e não faça questão de alguma vez ver a série, aqui fica a cena final...http://www.youtube.com/watch?v=xEqcMPsUqQ8&feature=related
O Rapaz Moreno

segunda-feira, 28 de março de 2011

Vamos lá brincar

Sempre achei que quando arranjasse emprego seria por mérito próprio. Porque tinham visto o meu trabalho ou as minhas aptidões e tinham gostado de mim.

Pois que actualmente nada é assim. Farmácias? 1-2 anúncios para o Alentejo. Hospitais? Concursos falsamente-públicos em que as vagas já estão previamente destinadas. Indústria? O "envie-nos o seu CV" é o mesmo que "pode enviar que vai parar directamente ao lixo, a menos que conheça cá alguém e aí sim, pensamos no assunto".
E sobram-nos os estágios, que chegam ao cúmulo de serem de 1 ano sem qualquer remuneração.

É triste perceber que das pessoas que acabaram o curso no meu ano, das poucas que estão empregadas, muitas (e arriscava-me a dizer "a maioria") estão-no devido à bela da "cunha".

Pois bem, vamos jogar ao contrário: não vou tentar arranjar emprego porque tenho valor, mas sim demonstrar o meu valor depois de arranjar emprego. Hora de abrir os tentáculos.



O Rapaz Moreno

segunda-feira, 21 de março de 2011

Humor na FFUL

Se ainda alguém achava que a FFUL formava pessoas normais, aqui está a derradeira prova em contrário...


Mas também, se não fosse a falta de juízo não tinha valido tanto a pena!

O Rapaz Moreno
<3 FFUL

terça-feira, 15 de março de 2011

Os Padeiros e a Farinha

Alguém me explica o fundamento da greve das transportadoras? O gasóleo caro? Pois, porque com o gasóleo mais caro, gastam mais € para fazer os transportes, faz sentido... Eles até nem fazem falta nenhuma ao país... Será que quando as mulheres ou os filhos começarem a passar fome irão acordar?

Então e para quando a greve dos padeiros? É que com a subida do preço da farinha, acho que também deviam ter direito a fechar as panificadoras por "tempo indeterminado"...

Sim, vamo-nos pôr a fazer greves à parva, só para reclamar com coisas que não dependem totalmente de nós... Vamos esperar que o Estado todo-poderoso intervenha e faça um milagre de, por exemplo, acabar com os confrontos na Líbia!

Proponho a greve dos desempregados. Porque não há emprego, há que fazer greve!



O Rapaz Moreno
A satirizar desde 1987.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Primeiro e último comentário político

Eu até nem sou de politiquices, mas não percebo qual a ânsia de demitir o governo. Até no Facebook já há um grupo para juntar 1.000.000 de pessoas para demitir o governo! (que, como todos sabemos, estes grupos são o mesmo que nada)

Sinceramente, a demissão do governo resolveria a crise? Pagaria a dívida externa? Daria emprego aos jovens recém-licenciados? Diminuiria o preço da gasolina/gasóleo?
E os que viriam a seguir? Iriam baixar o IVA? Iriam devolver os cortes nas pensões? Iriam voltar a comparticipar os medicamentos? Iriam reconstruir o Japão?? Trariam a paz no mundo???

"Não gosto do Sócrates", "Não gosto do Cavaco", "Não gosto do Passos Coelho" Eu também não gosto de acordar cedo mas tenho que o fazer todos os dias, nem gosto de bacalhau e tenho que o comer pelo menos na ceia de Natal.

Estamos enterrados, é um facto, mas o cangalheiro será sempre o mesmo, e não é um governo socialista ou social-democrata que fará a diferença...

Fim de comentário.


O Rapaz Moreno

domingo, 6 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Besides the rain...

Someone once told me the grass is much greener on the other side.
Well I payed a visit, but it's possible I missed it.
It seemed different, yet exactly the same.

'Till further notice I'm in-between.
From where I'm standing my grass is green.



O Rapaz Moreno

domingo, 6 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

2

2 anos singulares.
É um alívio e um prazer escrever e partilhar.
Não sei quem lê, mas espero que goste tanto como eu.


O Rapaz Moreno

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Alta Rotação #31: Happiness is like the old man told me...

"Look for it and you'll never find it at all.
But let it go, live your life and leave it.
Then one day you'll wake up and she'll be Home."


O Rapaz Moreno

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Dimensão

Por mais que exista o conforto, o rádio, o ar-condicionado, a descontracção, continuo a ser apologista dos passeios a pé. Mesmo que esses passeios sejam simplesmente faculdade/trabalho-casa.
Que eu tenho graves problemas e gosto de frio, já não é novidade.
Num dia como o de hoje, a coisa que mais me apeteceu (e com muita pena não pude concretizar sob pena de ir para casa com os bolsos mais leves) foi sair da faculdade e atravessar o frio até à estação de Entrecampos. Um ritual que cumpri várias vezes, em tempos mais soturnos à luz do final de tarde... Mas o de hoje, apesar de faltar a tristeza habitual, tinha um ingrediente especial que gritava por mim e me fascinava: o nevoeiro. Sair pela porta e sentir a névoa fria bater na cara, entrar nos pulmões...
O nevoeiro é um fenómeno estranhamente fascinante. Não existem pessoas, apenas vultos que se movem. Não sabemos se na nossa direcção ou se fogem de nós. E para elas, somos também um vulto. Uma alma com um destino e um propósito que mais ninguém conhece.

Está frio, andamos depressa, passadas largas.
Enfrentamos o desconhecido sem saber o que ele nos traz.
Algo que nos liberte e ajude a atravessar essa dimensão transbordante de vazio.
O que nos espera no outro lado?


O Rapaz Moreno