Sempre me gabaram a paciência. Eu próprio me admiro com a minha calma e perseverança perante certas situações.
Mas já nem tudo é como era.
Olhares, gestos, atitudes, situações, problemas que antes me passavam ao lado e que ficavam guardados no baú da paciência, hoje parecem já não caber.
Das duas uma: ou o baú está a ficar cheio, ou a ficar gasto com o tempo e começam a abrir frestas na madeira que deixam escapar o que devia lá ficar encerrado.
A verdade reside simplesmente no facto de já não ter idade nem pachorra para aturar certas coisas infantis e nojentas.
Não tenho paciência de santo, até porque nunca acreditei que iria para o Céu... O Inferno é mais quentinho e parece bastante mais divertido.
O Rapaz Moreno